sábado, 28 de abril de 2012

Campanhas e suas tendências: a resposta para problemas internos das organizações

As campanhas, que hoje possuem grande destaque dentro do ambiente organizacional, existem para engajar, informar e envolver os colaboradores seja sobre novos processos, mudanças de hábito ou simplesmente para comemorar alguma data. É um investimento que, se bem executado consegue promover retorno em relação à imagem percebida pelos funcionários que sentem o seu ambiente de trabalho melhor. Além disso, atrelado ao endomarketing, as campanhas ajudam o funcionário a se sentir parte da empresa, a “vestir” a camisa, e estimulam a participação deles.

Muitas vezes a demanda por determinada campanha surge dos próprios colaboradores, que sentem que alguns pontos de seu local de trabalho devem ser melhorados. Hoje, as campanhas podem ter temas como: segurança no trabalho, comemoração de aniversário, saúde, sustentabilidade.

O desenvolvimento dos conceitos criativos fica por conta das agências de comunicação e os departamentos de comunicação interna ficam responsáveis por criar planos de ações e implantá-los. Hoje em dia, as tendências dentro de campanhas internas estão muito ligadas ao uso da tecnologia, recursos visuais e propostas inovadoras.


Veja como a Organização Estaleiro Atlântico Sul resolveu seu problema de cultura organizacional!


A Organização Estaleiro Atlântico Sul estava enfrentando problemas relacionados à dificuldade dos funcionários de absorverem a cultura da empresa, assim como a falta de disciplina deles em relação a assuntos como limpeza, organização, consumo consciente, saúde e segurança. Diante desse cenário a organização criou, em 2011, uma campanha interna chamada “Atitude Ideal” que atingiu diferentes funcionários de várias localidades do país. A “Atitude Ideal” foi dividida em duas fases, que tiveram, por exemplo, ações voltadas para demonstrar ao funcionário a importância do uso correto dos equipamentos – ação chamada “OPA – Observar, Planejar e Agir” e outras mais voltadas para a saúde e os hábitos de limpeza. A empresa também dava brindes para os funcionários que se saiam melhor nas pontuações da campanha. Para muitas ações a Atlântico Sul utilizava acontecimentos do momento, a exemplo da Copa do Mundo de 2010, para relacionar com alguns dos temas abordados, para o lançamento e divulgação da campanha o presidente da organização também foi envolvido.

Assim, após a implantação da campanha, os números de acidentes e a redução do desperdício de alimento apresentaram queda significativa, de 90% e 60% respectivamente, para a Estaleiro Atlântico Sul.

Tendo em vista o case acima conclui-se que, sentida e observada a necessidade de alguma mudança as áreas de comunicação corporativas não medem esforços para implantar campanhas e ações que levem a melhoria do cenário assim como uma melhora na qualidade de vida do colaborador dentro da organização. E para isso a área faz uso da tecnologia, criatividade e busca sempre muita inovação, para chamar a atenção dos colaboradores e conseguir fazer com que eles se envolvam. A Estaleiro Atlântico Sul, por exemplo, conseguiu envolver os colaboradores, de maneira positiva, ao usar como estratégia uma gincana e a relacionar pontos das ações com acontecimentos do momento.

Portanto, seguir as tendências de campanhas internas significa a organização perceber as necessidades (sejam elas evidentes ou não) dos seus públicos internos, criar ações efetivas e fazer sempre uso de recursos tecnológicos e muita criatividade e inovação.

Profissionais de comunicação, vamos então colocar em prática algumas dessas tendências? Mãos a obra!



Para ler mais sobre o case da Estaleiro Atlântico Sul clique aqui
Fonte – Revista Aberje Comunicação Empresarial nº 78

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Regras para prestar contas


Muitas empresas como Petrobrás e Suzano, por exemplo, possuem ações de capital na bolsa de valores, e o desafio é: Como passar informações com este perfil aos funcionários internos e os deixar confortáveis e a par de assuntos como este?

Na Suzano, depois que o pregão de fechamento da BM&Bovespa cai, cerca de 300 funcionários recebem um e-mail com a análise de desempenho das ações da companhia, um relatório das variações de preço do papel, concorrentes, opiniões, análise das notícias e também, eventuais reportagens sobre medidas econômicas ou conhecimento político.

Responsáveis pelas áreas de Relação com Investidores e Comunicação Corporativa da Suzano Papel e Celulose, Andrea Fernandes e Cristina Malfatti, explicam que com o termo ‘’ Companhia Aberta’’, e a incompreensão dos funcionários em relação ás limitações deste assunto, o relatório exerce um peso de resultado positivo, pois mostra que o preço da ação oscila de acordo com as informações que são divulgadas pela companhia e até por fatos que não tem relação direta com a empresa, como a economia brasileira ou acontecimentos com os concorrentes.

Comunicar-se de forma clara e simultânea com todos os públicos é o grande desafio das companhias abertas. Os funcionários internos possuem papel de multiplicadores, são eles que validam a partir de seu convívio os valores e princípios da empresa. Por isso, é preciso que o profissional de comunicação repasse a informação financeira de forma compreensível e acessível.

Sabe-se que a maior parte dos trabalhadores internos não são familiarizados com o mercado de capital, por isso, a abordagem precisa ser didática, afirma Thomas Kamm, sócio da Brunwisck Group. Que também acrescenta alguns pontos importantes na estratégia interna de comunicação financeira, como: garantir amplo acesso á informação através da intranet e TV corporativa de linguagem clara.

As áreas que devem estar envolvidas são: relações com investidores ( detém a informação a ser divulgada ) , comunicação corporativa ( gerencia os canais de divulgação ), o jurídico ( que zela para que tudo seja divulgado de acordo com a regulamentação ) e  recursos humanos ( conhece os funcionários e poderia contribuir no sentido de alinhar a comunicação com as políticas já adotadas, a fim de interagir com este público).
Seguindo caminho e estratégias semelhantes, a Petrobrás convidou seus funcionários a participarem de ações para captar recursos da camada pré-sal. Hoje, eles representam 15% da base dos acionistas, formada por 150 mil investidores.

Com estes exemplos, pudermos ver o quão representativo, necessários e benéficos são estes tipos de ações para uma empresa, funcionários e públicos. 

Fonte: Revista: Valor Online - Comunicação corporativa_Novembro 2011
Editoria: RI ( Relações com Investidores ) 

sábado, 14 de abril de 2012

O Papel da Liderança na Comunicação


Quando falamos em comunicação interna, muitas vezes pensamos apenas em ações de profissionais de comunicação com os públicos, esquecemos da importância dos líderes nesse cenário. Quem melhor que o próprio líder para ajudar as equipes a entenderem como suas atividades se encaixa na estratégia da organização?


A comunicação tem quatro funções principais: controle, motivação, expressão emocional e informação.  Ainda, age no controle de diversas maneiras, a exemplo do feedback e facilita a motivação por esclarecer aos funcionários o que deve ser feito, qual a qualidade do seu desempenho e o que fazer para melhorá-lo.

Cecília Bergamini em seu livro “Liderança – Administração do Sentido” destaca alguns conceitos de liderança, como: “Liderança é influência pessoal, exercida em uma situação e dirigida através do processo de comunicação, no sentido do atingir de um objetivo específico ou objetivos” (TANNENBAUM; WESCHLER & MASSARIK, 1961)

É importante que o líder saiba se comunicar bem com a sua equipe, para conseguir alinhar objetivos e estratégias, trazendo assim melhores resultados para a organização.

Dentro de uma empresa é muito comum ocorrer à famosa “rádio peão”, que são os burburinhos de informações erradas que provocam, muitas vezes, insatisfação dos funcionários.  Manter um diálogo aberto e correto com os mesmos evita que fatos como esse ocorram, mantendo sempre um bom clima organizacional.

A importância da boa comunicação do líder com sua equipe, para o bem estar da companhia, é tão grande que existem diversos cursos que o ajudam a desenvolver as principais funções da comunicação.

Atualmente, não se espera que um líder tome somente atitudes grandiosas, mas sim que esteja presente em tudo que afete diretamente os funcionários. Ele também deve esclarecer situações internas que sua equipe deve e tem o direito de saber. Assim, aliderança interna está profundamente ligada a pequenas atitudes que demonstram a importância que os funcionários desempenham para a organização.

Desta forma a tendência é que os lideres tenham cada vez mais participação na elaboração das ações, tornando-se os protagonistas da comunicação interna e fazendo com que os comunicólogos tenham o papel apenas de ajudá-los a cumprir a missão, desenvolvendo e aprimorando programas e mídias internas.

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sexta-feira, 6 de abril de 2012

O futuro da Comunicação Interna

Quando pensamos em tendência, nossas mais profundas ambições começam a se manifestar. Isso acontece por que seguir a tendência é acompanhar a evolução, tornar-se moderno, estar à frente de padrões atuais, e com a comunicação não podia ser diferente. 

As áreas e os profissionais de CI por natureza já possuem o desafio diário de inovação. Lidar com os profissionais, surpreendê-los, conquistá-los, tudo isso faz parte do comum dia-a-dia da comunicação. Comunicar vai além de disseminar a informação ou o conteúdo, passa a ser uma das maiores estratégias de uma empresa moderna.

Hoje, apresentaremos neste post o que ainda é comum em CI, e o que está por vir de novidade, o que é tendência...

CI nas Redes Sociais
Muitas empresas estão idealizando uma rede social interna, que possibilite maior integração e colaboração entre o público interno e a própria organização. Essa é uma tendência pautada por conta da grande explosão das redes sociais, que atualmente já fazem parte da vida da maioria das pessoas. Portanto, veículos como jornal mural, newsletters, e e-mail, estão dando cada vez mais espaço à tecnologia.

Criação de grupos
Uma necessidade aparentemente obvia se tornará mais evidente: criar grupos e comunidades espontâneas. Até então a comunicação na maioria das vezes é feita de forma vertical, horizontal e transversal, porém num futuro não muito distante, será importante agrupar os públicos por interesses e afinidades. O que isso quer dizer? Quer dizer que existirá diferentes perfis de profissional, por exemplo, os que trabalham em home Office, ou os que ficam externos.


Mudança do perfil profissional
Por conta dos avanços tecnológicos, não apenas os veículos de comunicação serão adaptados, mas os profissionais também deverão andar em um novo ritmo. A visão estratégica da comunicação deverá de fato fazer parte dessa nova formação de profissionais, já que além de comunicar, deverão focar em mudar o perfil de todos colaboradores da empresa, se preocupando com a mudança da cultura organizacional.

Saindo do escopo RH
Com todas essas mudanças, as empresas que ainda têm a área de Comunicação Interna embaixo do guarda-chuva de Rh, devem passar por maiores divisões de departamentos, já que a comunicação terá uma visão mais estratégica do negócio, aproximando-se cada vez mais da diretoria. Isso não anula a relação RH e CI, que muito provavelmente nunca deixará de existir.

No geral, o maior fator que transformará a Comunicação Interna será a própria sociedade, as necessidades trarão inovação, e a relação emissor-receptor não se limitará a simples e usuais veículos de comunicação.